Caso Marielle: Acusados de serem mandantes serão julgados no STF; entenda
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Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão estão presos desde o fim de março sob a acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol). — Foto: Reprodução TV Globo Após a condenação de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz nesta quinta-feira (31) pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o Supremo Tribunal Federal (STF) cogita julgar ainda este ano os mandantes e mentores do crime. O objetivo, porém, pode não ser cumprido caso eventuais diligências impeçam a conclusão do julgamento. A Corte – que começou a ouvir os cinco presos em 27 de outubro – realiza o julgamento devido ao foro privilegiado de Chiquinho Brazão. São réus no processo: Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime; O delegado Rivaldo Barbosa, que seria o mentor do assassinato; O ex-policial militar Robson Calixto, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão e que, segundo as investigações teria ajudado a dar sumiço na arma do crime; E o Major Ronald Paulo Alves Pereira, encarregado de monitorar a rotina da parlamentar, segundo a delação de Ronnie Lessa. Passada essa fase, o Supremo ouvirá as alegações finais da defesa e da acusação. Por que há um julgamento no STF e outro no TJ-RJ? O processo contra Lessa e Queiroz corre no TJ do Rio, estado onde ocorreram os crimes. O inquérito que gerou a ação foi aberto logo após o crime. Em junho desse ano, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia para tornar réus os acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Com a decisão, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, e outros dois investigados se tornaram réus e vão responder a uma ação penal pelos crimes. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moraes. Tentativas de encobrir o assassinato Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal, os crimes estão ligados ao mandato do deputado Chiquinho Brazão, pois as tentativas dele de encobrir os assassinatos se prolongaram ao longo dos anos. Esses relatórios se assemelham às perícias em materiais apreendidos com os réus.