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Exposição Flor de Lótus celebra aniversário da Lei Maria da Penha

A exposição fotográfica 'Flor de Lótus' foi aberta ontem, 07/08, no Memorial do Judiciário, em celebração aos 18 anos da Lei Maria da Penha. Organizada pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), a exposição traz mulheres da capital e interior que superaram situações de violência doméstica e hoje são atendidas por equipamentos da rede de proteção, como os Centros de Referências de Atendimento à Mulher (Crams). “E essa foi mais uma ideia da Coordenadoria da Mulher que o presidente do Tribunal, o desembargador Ricardo Múcio, não só apoiou como estimulou. Levamos em consideração o momento festivo, os 18 anos de uma lei que mudou a realidade das vítimas, e decidimos retratar mulheres que se reconstruíram com os equipamentos que foram instalados. Então, essa exposição é sobre história de vida e de sentimentos”, disse a juíza Jumara Porto, coordenadora da Mulher do TJSE. As 19 mulheres foram retratadas pelo fotógrafo Filipe Lima. “Foi algo muito intenso porque é um tema delicado. Espero que essas fotografias passem uma mensagem de superação. É o principal objetivo aqui é que essas fotos sirvam de inspiração para outras mulheres, que elas possam superar a situação em que estão. Igual à flor de lótus, que floresce em condições extremas”, sugeriu Filipe. Uma das mulheres fotografadas foi Karen Santana Lima. Ela contou que viveu situação de violência doméstica quando criança, acompanhando todo o sofrimento da mãe, e já adulta terminou o casamento por conta das agressões psicológicas e morais do ex-marido. Karen foi encaminhada para o Cram de Poço Redondo, onde reside, e hoje trabalha no equipamento. “Há um tempo atrás a gente não tinha esse equipamento para nos dar um suporte, nos acolher. Então, o que eu digo é que mulheres não tenham medo, vocês não estão só. Hoje temos um espaço incrível, o Cram, onde vocês serão sempre bem acolhidas. Não sintam medo porque o caminho é esse para sua reconstrução”, considerou Karen. Sobre a exposição, Karen disse que foi um momento emocionante. “Foi uma surpresa maravilhosa aquele momento com tantas outras mulheres, poder conhecer outras histórias e ver que todas nós passamos pelo ciclo da violência, as mesmas situações, palavras, agressões e quando a gente vai conhecendo a história uma da outra, a gente vê que todo mundo passou pela mesma coisa e hoje tá aqui reconstruída”, destacou. A diretora do Memorial do Judiciário, Sílvia Resnati, lembrou que o local já sediou outras exposições com o tema violência contra a mulher. “Essa exposição retrata o renascer das mulheres e por isso é tão interessante. Convidamos todos a visitá-la e esperamos que conheçam esse trabalho lindíssimo da Coordenadoria da Mulher”, propôs Sílvia. A Lei Federal 11.340, sancionada em 7 de agosto de 2006 e que ficou conhecida como Lei Maria da Penha, criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Maria da Penha Maia Fernandes (Fortaleza-CE, 01/02/1945) é farmacêutica bioquímica e ficou paraplégica após ter sido violentada pelo marido, em 1983. O caso foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e inspirou a criação da lei no Brasil. Participações Além das mulheres retratadas, seus amigos e familiares, muitas autoridades e gestores que atuam na rede de proteção à mulher compareceram ao evento. Entre elas, duas juízas que já foram coordenadoras da Mulher do TJSE, Adelaide Moura e Isabela Sampaio, que escreveu um poema especialmente para ocasião; e Camila Pedrosa, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica da Comarca de Aracaju. Intitulado ‘Todas Lótus’, o poema foi lido pela aluna Janine Batista de uma escola da rede estadual localizada no bairro Santa Maria. “Fez-se o inverno, as folhas caíram, tudo secou. Mas ela não se despedaçou, ainda que toda tristeza tenha ido lhe visitar. O seu nome era resistência! No lodo, da força de suas raízes, a cor do novo brotou. E como é perso o jardim, mulheres, florescendo sob os muitos sóis que espantam a solidão da noite. São infinitas as cores porque sagrado é o solo de quem multiplica a vida. E vamos, em coro, todas nós, lótus, rosas na linguagem de tantos poetas. Inspirando o seu perfume, eu exalo primavera. Seja você como for, seja como flor”, diz um trecho do poema da juíza Isabela Sampaio. Na abertura da exposição, foi exibido um vídeo produzido pela Diretoria de Comunicação do TJSE com o making off do ensaio e o depoimento de uma das mulheres fotografadas. Antes de visitarem a exposição, Cláudia Batista, que também participou do ensaio, relatou emocionada aos convidados sua história de superação. O evento ainda contou com apresentação da cantora Winnie Souza, acompanhada pelo maestro Júnior Gonzo. Serviço A exposição 'Flor de Lótus' fica aberta à visitação até o dia 30 de agosto. O Memorial funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 13 horas, e está localizado à praça Olímpio Campos, 417, Centro de Aracaju. As escolas e/ou grupos interessados em visitas guiadas ao Memorial do Judiciário podem fazer o agendamento através do e-mail . ou do telefone (79) 3226-3489. O acesso é gratuito.
08/08/2024 (00:00)
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